Harry Potter - Golden Snitch 2

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Deve ser o ar de São Paulo

Mal cheguei em casa e estou angustiada. Algo por dentro está querendo sair, me machuca, empurra, dá falta de ar e tonteira na mente.
Só quero que o mundo exploda.
Não consigo mais me importar com ninguém ao ter meditado nesses últimos dias o quanto já fiz por pessoas que nem ao menos, hoje quando me vêem do outro lado da rua, falam comigo. Não consigo mais me importar com nada.
A viagem para a cidade em que me criei me deu muito o que pensar e meditar. Agora quero resolver.
Tudo ao mesmo tempo.
Respirarei fundo e vou fazer meus corres porque não conseguirei mais ficar apenas parada, enquanto as pessoas me fazem de otária por eu ser boazinha, continuar me fodendo por desgosto das coisas.
Deve ser o ar de São Paulo se misturando com o ar puro e confundindo minha mente.

Seus mundos foram emparelhados com sucesso favor não desconectar.

Parece que dessa vez eu encontrei alguém que realmente deseja conciliar seu mundo com o meu, ao invés de ter medo de crescer e de depositar a felicidade no outro.
Só não quero atrapalhar ninguém, como já fizeram comigo.
Atrapalhou, de certa forma, por fez com que essa armadura se criasse em torno de mim.
Não quero que pensem em mim primeiro porque eu sei como é queda depois disso e não desejo isso para ninguém.
Encontrei alguém que desde a primeira tentativa de conversa (um mês atrás) fez com que nunca mais acabasse o assunto mesmo após horas de conversa por sms ou fb. Que ambos temíamos quando nos encontrassemos pelo fato de talvez o assunto acabar. E bem, nós sabemos que isso não aconteceu.
Tenho medo de te atrapalhar, afinal, sou a rainha da procrastinação. Tenho preguiça, sou desanimada, desestimulada e não quero ser um fardo na sua vida...
Só espero que acabemos por nos ritmamos antes que acabemos por nos desvencilhar.


xoxo I. 

Promisses


Porque as pessoas fazem tantas promessas?
Ok, comecemos melhor: porque fazem tantas promessas sabendo que não vão cumprir e que a palavra 'prometer' já não tem mais tanto significado?
Eu prometo coisas a mim mesma pois sei que devo cumprir. Prometo coisas ao universo pelo meu bem. Desafios e desejos.
Não prometo mais nada pra ninguém. Da última vez prometi e dei meu mundo e recebi de volta uma bagunça gigantesca para arrumar sozinha.
Continuo prometendo não beber mais refrigerante por um ano para que minha asma não ataque ou que não vou puxar assunto com alguém que já me magoou.
No momento, estou até cogitando em prometer não comer mais chocolate por um tempo... Ah, temo que essa vai ser uma típica promessa como um 'eu te amo para sempre'...


xoxo I.

Motherhood


Talvez eu nunca tenha me pronunciado aqui sobre um de meus maiores desejos. Algumas vezes em conversas ou surtos bêbados.
E tem como segurar esse assunto com o surto de bebês de amigas(os) nascendo, pessoinhas que costumo seguir no instagram descobrindo gravidez?
Além do friozinho e do inferno astral pré bday, acredito que essa sensação de 'tanto faz' seja a mistura de tudo isso.
Basicamente um dos meus maiores desejos é ser mãe.
Não que eu queira isso pra já, imediatamente, agora. Não consigo nem ao menos me sustentar, moro de favor, sou infantil. A maior parte das gravidez de que ouço falar, de nada foram programadas e de nada maduras as mulheres estavam.
É um desejo, longínquo e que realmente me incomoda pois tenho medo de nunca passar por essa experiência. Ou de não ser boa o suficiente. E de repetir erros da minha mãe.
Eu vejo que por mais apuros, apertos e desesperos, no final, quando o rostinho daquela perfeição que foi gerada dentro de você, que é a coisa mais linda e sagrada ( e pra mim, de pura perfeição) chega, você esquece todas as preocupações fúteis e só quer saber de proteger de todo o mal.
Parece que eu estou perdida. Que me falta algo. E quando paro pra pensar o que poderia ser feito pra resolver tudo isso, não encontro uma resposta plausível, só penso que se tivesse comigo uma benção como essa (mesmo eu não tendo um relacionamento para gerá-la, que aí é outros 500), eu teria um motivo de continuar,de correr atrás, de fazer acontecer.
Assim como algumas vezes em surtos bêbados e conversas eu comentei sobre meu desejo, já repeti esses argumentos. Em meio a um dos dias 'sangue no meu alcool', programei uma maluquice que é tipo: Daqui uns 5 anos(ou mais), se eu estiver estável e finalmente com minha casa, independente de onde eu estiver, vou procurar o cara mais bonito e inteligente de todos e engravidar dele. Tipo simples assim HSUIHAUSIHAUHSUHAUISHUIHAIHS Não quero ligação sentimental com ele. Não obrigarei a dar nenhuma 'ajuda de custo' pelo bebê. Eu simplesmente o farei. Parece maluquice né? Coisa de filme de comédia romântica onde na verdade não tem nada de romance e a garota é uma psicótica! Estou sendo sincera! Se eu tiver estabilidade financeira, não precisarei de uma ajuda paterna. Estou traumatizada com o único relacionamento, por hora, não me vejo em outro relacionamento então, sendo assim, terei que escolher um em um milhão.
É isso.O que todos rogam praga, não desejam de forma alguma e tem pavor é simplesmente a minha maior vontade, mesmo que nos dias de hoje a coisa esteja feia e que você tenha que ser uma coragem fenomenal para colocar uma criaturinha tão pura no mundo.
Na teoria é fácil...
Vamos ver na prática, daqui uns cinco anos ou mais...


E á princesa Alexia Domenegheti Klefens que chegou ao mundo: Bem-vinda! Será amada e protegida por todos, inclusive por mim. ♥


xoxo I. 

Cartas

Eu senti novamente vontade de escrever uma carta.
Como escrevia em tempos passados.
Como quando eu dependia unicamente de um papel e caneta pra conseguir me expressar.
Até uns anos atrás, eu não conseguia me expressar falando. A timidez me comia, eu embaralhava as palavras, ficava pálida, entrava em choque e a única forma de conseguir explicar tudo era descrevendo minunciosamente o que se passava dentro de mim.
Fosse para pai, mãe, prima que morava longe, amigos do escoteiro, paixões platônicas, mães de amigos.Eu era unicamente movida a essas cartas.
Posso ter abandonado esse ato com a infiltração e exiitação da era digital, que fez com que eu montasse esse blog e abandonasse a chance de caprichar na minha caligrafia. Era só escrever, selecionar tudo, escolher uma fonte legal e estava tudo pronto. Nada mais de canetas coloridas e adesivos para adornar.
A descrença de que palavras possam mudar o mundo ou que signifique tanto nos dias de hoje é o que mais me assusta.
Quase um ano atrás eu escrevi uma carta pra um cara que eu tinha um platônico por mais ou menos 5 anos. Eu com lindos 23 anos e ele com 22. De começo ele queria ler na minha frente mas pedi para que lesse quando eu não estivesse presente. Quando ele leu, me chamou no chat e agradeceu por eu me importar tanto com ele. Algumas semanas depois, nós ficamos. Pra mim foi algo surreal, sabe?! E pra ele foi algo a se esconder. Uns dias se passaram e ele começou a se gabar para todo mundo das coisas que escrevi e de que 'ela gostava de mim a tanto tempo'. Depois falou que eu era melosa... E por aí vai. Tudo culpa de uma carta, demonstrando minha preocupação e dizendo que sempre me importei com a existência dele.
Não consigo mais nem escrever para amigas porque sei que quando elas verem a carta vão olhar tipo O_O para o pedaço de papel.
Tenho algumas cartas antigas que recebi guardadas.
Ontem, senti vontade de escrever uma carta para uma pessoa que vem se tornando especial na minha vida.
O problema é que não escrevi. Confesso que é por medo. São uns medos que estão me rondando nessa situação mas não vem ao caso.
Quem sabe alguma hora essa vontade não seja maior que o medo de ser julgada como uma boba apaixonada, vença?
O problema é que não escrevi. Mas senti vontade.


xoxo I.

carpe diem

E então, se esconder atrás de uma imensa capa, que não deixa com que você demonstre sentimentos, não aceita que ninguém sinta e não se dê ao luxo de simplesmente viver os dias um após o outro, finalmente voltaram a fazer sentido.
A embriaguez de sono faz com que as palavras, elaboradas calmamente durante a viagem de volta para casa tornassem-se apenas um emaranhado de coisas sem sentido.
Dessa vida, só levamos as experiências espirituais, mas me diga, do que vale se prender em casulo e evitar tudo de bom por receio de dias anteriores?! Esses dias turbulentos apenas existiram para te mostrar em como não agir novamente quando estiver sozinho.
Um sorriso, um abraço, um beijo, um filme ruim com uma boa companhia, uma caminhada pelo centro da cidade. Coisas que você se privou por medo e agora percebe que está protegida de todo o mal.
Pare de desejar confiança no que é verdadeiro e viva intensamente o ilusório as vezes, faz bem para o corpo e a alma. Se dê mais chances de sorrir sem medo do dia de amanhã.
Viva um dia de cada vez lembrando que um dia, ele será mesmo o último.