Harry Potter - Golden Snitch 2

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Old wolrd

Encontrei esse texto desesperador, de novembro do ano passado salvo aqui nos rascunhos.
Só me pergunto onde está meu controle.

Passar três dias no interior para fugir dos pensamentos que me cercam e acabei por conseguir resolver mais claramente o que evitei.
Meu pai me acalma. Ele é meu porto seguro nesses dias turbulêntos de chegada a idade adulta.
Só que aí me toquei: estou evitando crescer, ter reasponsabilidases por medo. Algum medo que criou um ponto no qual não me deixa ir alem de uma etapa. É um medo que me trava como se eu fosse evitar que a morte ou a idade chegue pra mim e meus parentes. Serve como um método de defesa pra mim que ate então funcionava. Só que hoje parei e pensei: bom, tenho 24 anos e nada mais. Se meu pai se for, meu chão vai desaparecer e entrarei em um estado catatônico por desgosto de não ter sido alguem que meu pai se orgulhasse. Minha vida gira em torno de orgulhar meu pai.
E enquanto eu estiver com essa armadura de adulta irresponsável, pulando de lá pra ca por medo, farei o contrário do que desejo.
Sabe quando sua vida tem certas prioridades que nao parecem nada comparada a dos outros? Do tipo de coisa que te deixa triste e que com outros, tem coisa pior acontecendo?
Por que diabos eu tenho que pensar tanto... principalmente nesses dias sozinha e incompleta?
Talvez eu devesse ser um pouco mais inconsequente e menos concentrada do que eu devo ser...
Parece que não é pra dar certo.
Parece que é preciso de um pequeno empurrao em uma engrenagem para que tudo mude - mas eu nao sei como mover essa engrenagem.

Nunca nada será tão vazio quanto chegar ao fundo de uma garrafa sem ter bebido uma única palavra. É melhor que a saudade fique em seu canto.
Quando você entra em uma paixão pela primeira vez (mesmo depois de ter fugido várias e várias vezes desse acontecimento), você se entrega. Se perde, dá a chave do seu mundo, conta todas as verdades nunca ditas. E aí vem a queda. Queda livre e de pouso dolorido. Você reclama, entristece e roga pragas, jurando de pés juntos nunca mais se apaixonar. 
E aí, quando você menos espera, aparece alguém que vai tomando um pequeno pedaço do seu dia, depois da sua vida e quando para e pensa, essa pessoa, já está com os dois pés dentro do seu mundo. Você não sabe o que está sentindo até então mas quando entende o que acontece... O primeiro trauma, ah, bobagem, já foi. Não vai acontecer novamente. Você se entrega. Se perde, dá a chave do seu mundo, conta todas as verdades nunca ditas. E aí vem a queda. Queda livre e de pouso dolorido. Você reclama, entristece e roga pragas, jurando de pés juntos nunca mais se apaixonar. 

Neste momento, sentada á beira da janela do trem, você começa a repensar sobre o amor, paixão e coisas do tipo, chegando a conclusão que é insano fugir dessa etapa da vida mas mais insano é aceitar que ela deva acontecer a todo tempo. Sabe... Que você precise disso para se manter viva. Do tipo de pessoas que mal saem de um relacionamento, já estão na balada, já estão em um noivado e coisas malucas assim. 

Com as luzes de São Paulo pela noite e a interferência das ondas invisíveis da telefonia móvel, sua mente começa a funcionar tão rapidamente que fica dificil organizar as palavras para explicar o que sente e o que passa em sua mente, definindo apenas como ânsia de vômito e pavor de encarar outra paixão novamente. 

Sad

Fiz meu ritual de beleza (kkk') após o banho, coloquei meu pijama e assisti A Dama e o Vagabundo. Assim que terminou... Desabei de chorar. Sabe um vazio e uma solidão monstruosa que a única coisa que salva é deixar as lágrimas escorrerem?
Pensei muito a respeito e uma das coisas que me faz muito bem é sentar aqui e cuidar para que cada post que preparo seja de agrado de todas(os) que o lerem.
Não vou deixar que uma etapa rotineira da vida -e que acontece com qualquer mortal- tire o empenho que tenho todos os dias para cuidar do A Bela, não a Fera.

Fugi muito dos meus sentimentos me sobrecarregando na última semana.
Não escrevi nenhum texto enquanto mil palavras oscilavam em minha mente.
Morri por dentro e meu corpo, aceitando os movimentos robóticos, aceitou a ser empurrado dia após dia. 

Vou escrever tudo e mais um pouco á partir de agora.
Preciso da minha penseira e preciso já.




Pensa em uma pessoa se debulhando em lágimas com esse texto...

Indireta.
Eu acredito que o flerte é a forma que o amor encontra pra mostrar que, apesar de ser velho como a morte, permanece novo como uma criança e eterno como o tempo. Encontrar com quem se gosta, transforma seu olhar num pedaço de céu de ano novo e seu coração em pista de dança.

Nossos beijos fazem com que amores de cinema sejam superficiais demais pra compreender a profundidade em que a gente se conhece. Pintamos o céu nas cores de uma nebulosa, fazemos a lua sentir inveja de não ter alguém e a vizinha do seu apartamento saber nosso nome.
Somos a chance pra um bom dia a dois. Você é meu déficit de atenção com cheiro de morango e champanhe.
Cada fim do dia é como se o mundo acabasse pra começar de novo. Assistimos o fim do mundo toda noite, de camarote, com os pés na janela e pernas entrelaçadas, vendo estrelas cochichando todos os segredos do mundo entre elas.
Com o tempo, entendi que você é tudo aquilo que eu não sei explicar...
Somos um casal de metrô: não temos medo, nem vergonha, temos desejo... Já percebeu que desejo cega? Sou cego de paixão por você! Defina quanto pesa um suspiro e eu te defino do que é feito a paixão.
Suas palavras e meu silêncio tem um caso de amor: cada vez que ficam juntos, transam num som de diálogo e os filhos dessa relação nascem nas noites em claro que passamos no telefone.
Somos o som de beijos na chuva, e, sinto que cada verso que eu faço é como se ele devesse um imposto aos seus lábios...
Quando a gente discute, sua voz soa como as unhas numa lousa; você é o som de garfos riscando o meio de um prato e eu me sinto como se estivesse mastigando alumínio...
Meus pedidos de desculpa são as rosas em cima da mesa (o vaso você quebrou quando jogou em mim, lembra?). Elas são feitas de tudo aquilo que eu não escrevi e não falei. O envelope, embaixo das rosas, são as borboletas do meu estômago. Algumas ainda estão vivas e acho que elas também pertecem a você, afinal, elas não nasceram sozinhas.
Sim, nossa relação é muito intensa. Por isso, Deus nos separou: me fez sol e te fez lua. Hum, e o eclipse? O eclipse é a prova que amor existe!
A saudade nada mais é que do que o sentimento de algo que era nosso, e, que por alguma razão, não está mais com a gente. Você é sinônimo de eu, distância é antônimo de nós. Será que gostar de alguem é o céu do céu?
Não culpo Adão por ter comido a fruta proibida do Jardim do Éden e tudo mais. Afinal, quem ama confia.
Nos separamos, mas, um dia, voltamos e reescrevemos nossos pedidos de perdão com manchas de maquiagem e roupas pelo chão. Desenhamos o Kamasutra com gotas de suor e, redesenhamos a mobília da minha casa. Mas, contigo, sempre foi mais que isso: ao seu lado, cheguei à conclusão que sexo é o que a gente faz na cama, parados ou quase. E, amor, é o que a gente faz andando, de mãos dadas.
Quando transamos, transamos por inteiro; fazemos nossas almas trocarem de residência e o seu bairro pensar que a gente antecipou o ano novo... Entre Valeska e Madre Tereza, você é o meio-termo que todo homem deseja encontrar.
As dobras do nosso lençol tem os segredos que a gente divide na cama, em silêncio. Por falar em silêncio, universos colapsam na sua mudez. Minhas perguntas viram monstros embaixo da cama e, assim, eu, igual criança, não quero dormir sozinho... Dorme comigo?!
Esses dias, estava pensando: Stevie Wonder nasceu cego e, quando ele diz "sunshine" (nascer do sol), fala de algo que ele nunca viu. Talvez seu sorriso seja a definição de sunshine na mente de Stevie Wonder.
Seus defeitos se anulam junto com os meus. É como se menos com menos desse mais, e, segundo um truta meu, idade é só um número e eu odeio matemática. Exceto pelo fato de que, no amor, a única conta improvável existe: a soma de dois resulta em um. E, resultar em um, nesse caso, significa três. Um filho.
Adoro o jeito que você joga o cabelo pro lado e ele parece uma onda. É como se meus dedos afogassem meus desejos cada vez que eu ponho minhas mãos em sua nuca.
Adoro seu tamanho: nem alta como seus sonhos, nem baixa como minha auto-estima; cabe no meu abraço e abraça o mundo como se fosse seu travesseiro.
O seu sussurro soa como uma orquestra. A forma como você domina seus agudos e graves me lembram um maestro. Você rege um concerto sobre tesão em sinfonias ao pé do ouvido.
Às vezes, sinto tanto sua falta que chego a ouvir sua voz e a sentir seu perfume pelos corredores da minha casa. Já namorei com a sua sombra e já conversei com sua foto. Meu travesseiro tem seu nome. Vou pra cama com você toda noite...
Seu senso de humor faria a Monalisa gargalhar e sua risada iria soar como uma das noites em Woodstock, onde jovens descobriram que o amor é inocente e que o vilão é o coração.
Queria engarrafar sua voz pra que, nas noites frias, em que o mundo se sente só, você pudesse ecoar fazendo com que a cidade inteira sinta o que eu sinto quando você diz: "alô ou olá". E, por falar em olá, você traz um céu no seu olá, e, talvez nem se dá conta do quanto eu espero seu olhar cair sobre o meu.
Você me encanta...
Às vezes, pensando, chego à conclusão de que voce é dona do seu nariz, de que o mundo se curva perante seu caminhar, de que você, além de ser brilhante, é um avião. Mas, a minha pergunta é: quando vai ser dona do meu sobrenome?

Por: Marcello Gugu

Enquanto eu espero você se decidir se sente minha falta ou não.
A
Vida
Se vai.